Os modelos em nível de povoamento expressam a produção por
unidade de área, independentemente da classe de tamanho da árvore (CAMPOS e
LEITE, 2013). Para seu ajuste, esta informação sobre o tamanho de cada
indivíduo não é necessária. Os valores médios de unidades amostrais são
utilizados. Por outro lado, para os modelos em nível de árvore individual dados
específicos de cada indivíduo dentro do povoamento são requeridos, e dependendo
do modelo dados sobre a distribuição espacial dos mesmos também são necessários
(CLUTTER et al. 1983).
Como alternativa entre a utilização de modelos em nível de povoamento e modelos de árvore individual, encontram-se os modelos de
distribuição diamétrica, que proporcionam conhecimento detalhado sobre a
estrutura diamétrica do povoamento, permitindo a análise de multiprodutos,
simulação de desbastes e uma consistente avaliação econômica, sem aumento
significativo na complexidade dos modelos (Binoti et al, 2015).
Modelos tradicionais de volume são construídos com a adoção
da área basal como uma medida de densidade da população e a altura dominante
como uma medida de qualidade do local (GÖRGENS et al. 2015).
Um grande número de variáveis pode teoricamente aumentar a
precisão dos modelos de crescimento e produção, mas modelos com menos variáveis
são muito mais fáceis de interpretar. Segundo Görgens et al. (2015), é então
importante desenvolver modelos com cautela, principalmente porque modelos de
predição devem ser válidos para condições gerais, e graus de liberdade não
devem ser irracionalmente descartados. Além disto, conjuntos grandes de
variáveis preditoras frequentemente expressam fortes intercorrelações, o que
pode levar a predições instáveis.
Para modelos mais gerais há a necessidade de uma maior
estratificação para a modelagem do crescimento e da produção (RABELO, 2014). É
desejável que os modelos de crescimento e produção apresentem três
características básicas: compatibilidade, consistência e flexibilidade (GÖRGENS
et al., 2007).
Modeladores do crescimento florestal, geralmente, são aptos a
definir modelos de crescimento e produção baseados em uma teoria subjacente do
crescimento relativamente estável. Como destacado por Borders e Bailey (1986),
isto não sugere que aprimoramentos adicionais na teoria do crescimento não
possam ser feitos, mas que de fato há uma grande quantidade de trabalhos
empíricos e teóricos passados disponíveis para uso na geração de sistemas de
modelos de crescimento e produção.